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World Congress of Melanoma 2025: Dra. Ellene Papazis participa do 21st EADO Congress em Atenas

  • Foto do escritor: Ellene Papazis
    Ellene Papazis
  • 21 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de abr.

Entre os dias 3 e 5 de abril de 2025, a Dra. Ellene Papazis esteve em Atenas, na Grécia, para participar de um dos mais importantes eventos internacionais dedicados à oncologia cutânea: o 11º Congresso Mundial de Melanoma (World Congress of Melanoma 2025), realizado conjuntamente com o 21º Congresso da EADO (European Association of Dermato-Oncology).


O encontro foi sediado no Megaron Athens International Conference Centre e reuniu cerca de 2.000 profissionais de mais de 30 países, consolidando-se como uma referência global na atualização científica e no intercâmbio de práticas clínicas em dermatologia oncológica.

 

Um encontro entre ciência, escuta e inovação

O congresso foi presidido pelos professores Claus Garbe (Alemanha), Axel Hauschild (Alemanha) e Alexander Stratigos (Grécia), nomes centrais na pesquisa e no tratamento do melanoma em nível mundial.


O programa científico foi cuidadosamente estruturado para abranger todo o espectro dos cânceres cutâneos — com ênfase especial no melanoma, tipo mais agressivo e desafiador de câncer de pele.


Entre os principais palestrantes, destacaram-se:

  • Prof. Caroline Robert (França) – autoridade mundial em imunoterapia para melanoma;

  • Prof. Reinhard Dummer (Suíça) – referência em terapias-alvo e medicina personalizada;

  • Prof. Georgina Long (Austrália) – especialista em tratamentos combinados para melanoma metastático;

  • Dr. Michael Postow (EUA) – líder em pesquisa translacional e novas combinações terapêuticas;

  • Dr. Aimilios Lallas (Grécia) – especialista internacional em dermatoscopia avançada.

 

As palestras magnas trouxeram reflexões fundamentais sobre:

  • A epidemia de câncer de pele e os avanços na sua prevenção;

  • A transformação do melanócito ao melanoma;

  • Novas fronteiras na imunoterapia intralesional;

  • A importância do seguimento clínico na sobrevida dos pacientes;

  • A aplicação clínica de biomarcadores preditivos e prognósticos.

 

O congresso ainda promoveu mesas redondas interativas, sessões de estudos de caso e mentorias para jovens especialistas — fortalecendo a cultura de escuta e troca de saberes.

 

EADO: o que é, o que faz e por que importa

A EADO (European Association of Dermato-Oncology) é uma organização científica independente e sem fins lucrativos, fundada em 2001, dedicada a promover e fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento clínico no câncer de pele.

Seus membros atuam em múltiplas frentes:

  • Melanoma;

  • Carcinoma basocelular;

  • Carcinoma espinocelular;

  • Sarcomas cutâneos;

  • Linfomas cutâneos T e B;

  • Tumores anexiais raros.


Além da produção científica, a EADO organiza eventos internacionais, publica diretrizes clínicas e colabora com entidades públicas para ampliar o acesso a tratamentos baseados em evidências.


Participar de um congresso da EADO é estar no centro das decisões que moldam o futuro da dermatologia oncológica.



Mapeamento fotográfico corporal com dermatoscopia com possibilidade de inteligência artificial - dermavisions.com

O olhar da Dra. Ellene Papazis: ciência, raízes e transformação em Atenas

Para a Dra. Ellene Papazis, o congresso representou uma oportunidade única de atualização e de reencontro consigo mesma.


“Esse congresso foi muito importante para mim, porque trabalho com o doente oncológico, trabalho com câncer de pele, tenho uma subespecialidade em oncodermatologia. Estar atualizada sobre os últimos ensaios clínicos, sobre o que há de mais recente na área, com especialistas do mundo todo, foi essencial.”


Ela destacou a riqueza da diversidade de profissionais presentes — dermatologistas, oncologistas, cirurgiões, radiologistas — todos focados no cuidado integral do paciente.

Entre os temas que mais chamaram sua atenção estiveram:

  • O uso de métodos não invasivos como LC-OCT (Tomografia de Coerência Óptica Confocal de Campo Linear), microscopia confocal e dermatoscopia com suporte de inteligência artificial;

  • As vacinas em desenvolvimento para câncer de pele e outros tumores;

  • Novas abordagens para toxicidades cutâneas associadas a tratamentos oncológicos;

  • Genotipagem do melanoma e sua aplicabilidade clínica;

  • Discussões sobre privacidade de dados no uso da inteligência artificial na medicina;

  • Terapias neoadjuvantes para melanoma e seu impacto na morbidade e na sobrevida;

  • Novos tratamentos para queratoses actínicas e campo de cancerização;

  • A utilização de técnicas como a eletroquimioterapia para tumores cutâneos selecionados.


“O futuro é logo ali. Precisamos estar preparados”, resume Dra. Ellene.

 

Atualizações que transformam a prática

O conhecimento adquirido já inspira mudanças na prática clínica:

“Essas atualizações têm o potencial de beneficiar profundamente nossos pacientes. As terapias neoadjuvantes para melanoma mostram resultados promissores para reduzir a morbidade e, potencialmente, aumentar a sobrevida.”


Mesmo que muitas tecnologias ainda estejam em fase inicial de implementação, estar atenta às inovações é, para Dra. Ellene, um gesto de cuidado presente e visão de futuro.

 

Encontro com colegas e grandes mestres

Outro aspecto inesquecível do congresso foi reencontrar colegas brasileiros e se aproximar de mestres que a inspiraram desde o início da sua formação.


“Foi muito animador encontrar autores que admiro há tanto tempo, pioneiros que descreveram os primeiros achados dermatoscópicos. Esse encontro renovou meu entusiasmo e minha vontade de seguir aprendendo sempre.”

 

Um reencontro com as próprias raízes

A passagem por Atenas também teve um sentido íntimo e afetivo para Dra. Ellene uma vez que seus ancestrais vieram da Grécia.


“É sempre muito bom estar de volta à Grécia. Dessa vez, em Atenas, pude rever alguns familiares e mergulhar mais profundamente na cultura tão rica dos meus ancestrais. Unir a atualização científica a esse reencontro cultural foi uma mais-valia dessa viagem, sem dúvida. É como caminhar sobre uma ponte entre o que sou, o que aprendi e o que quero construir.”


Assim, a experiência em Atenas se revelou não apenas como uma atualização científica de excelência, mas como uma jornada de fortalecimento pessoal e profissional — onde ciência, memória e vida se entrelaçam.

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